JESUS CRISTO ESTÁ VOLTANDO

Prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus. Amós 4:12

Rádio Inspirações Atos 3:21

A Rádio da Obra de Deus nesta Terra !! www.radioinspiracoes.com

JÁ LEU A BÍBLIA HOJE?

Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. Hebreus 4:12

ORAI SEM CESSAR

1 Tessalonicenses 5:17

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A Morte não é o Fim !!






Um dos folhetos das igrejas locais que militam na Obra da Restauração de Tudo.





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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Introdução do Livro do Profeta Ezequiel


O PROFETA E O SEU MEIO
Em 2Rs 24.8 lemos: “Tinha Joaquim dezoito anos de idade quando começou a reinar e reinou três meses em Jerusalém.” Esse curtíssimo reinado terminou no ano 597 a.C., quando o rei Nabucodonosor entrou em Jerusalém, despojou todas as suas riquezas e deportou para a Babilônia a maior parte dos seus habitantes: Joaquim, rei de Judá, os aristocratas, os militares e os artesãos qualificados; e, junto com todos eles, as suas famílias (cf. 2Rs 24.8-17). É muito provável que, naquele tempo, entre os componentes daquela primeira deportação, estivesse também o sacerdote Ezequiel, filho de Buzi. Este foi residir às margens do rio Quebar, entre os seus compatriotas cativos, e ali mesmo o Senhor o chamou para exercer o ministério da profecia (cf. 1.1-3).
Recebeu a sua vocação em meio a uma visão que mudou por completo a sua vida. A partir daquele momento, Ezequiel se converteu no porta-voz de Deus junto aos exilados (3.10-11), atividade que desempenhou pelo menos até o ano 571 a.C., ano ao qual corresponde o último dos dados cronológicos contidos no livro. Em uma época de grandes convulsões e mudanças políticas como foi a sua, o profeta, a partir da dura realidade do momento em que vivia (cf. 18.2,31-32), contemplava com tristeza a história das infidelidades de Israel: “A casa de Israel se rebelou contra mim no deserto” (20.13; caps. 16; 20; 23). Contudo, via com esperança um futuro de salvação: “Habitareis na terra que eu dei a vossos pais; vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus” (36.28; caps. 36—37).
Na realidade, a situação do reino de Judá, que nunca esteve de todo estabilizada depois dos reinados de Davi e Salomão, foi-se tornando cada vez mais difícil, até que no ano 586 a.C. soou a hora do desastre definitivo: Nabucodonosor destruiu Judá, assediou, tomou e arrasou Jerusalém, incendiou o templo e enviou desterrada para a Babilônia a mais representativa parte da população que havia ficado na cidade (2Rs 25.1-21).
Com o passar do tempo, muitos dos exilados acabaram por acomodar-se à sua situação, porque na Babilônia desfrutavam de uma relativa liberdade que lhes permitia formar família, trabalhar, negociar, criar riqueza e, inclusive, alcançar cargos importantes. Com efeito, houve igualmente muitos que, protegidos pelo edito do rei Ciro, voltaram à Palestina, à Terra Prometida e à saudosa Jerusalém, a “cidade de Deus” (Sl 46.4).
O profeta Ezequiel foi, sem dúvida, uma das pessoas que mais contribuíram para manter vivo entre os judeus do exílio o desejo pelo retorno. Essas ânsias de regresso eram necessárias para empreender a reconstrução da cidade e do templo. Além disso, eram indispensáveis para evitar que o povo chegasse a perder a sua identidade nacional, por causa da permanência durante um tempo excessivo em um lugar tão cheio de atrativos, como era então a Babilônia, o mais brilhante centro político e cultural do Oriente Médio (cf. Sl 137).

O LIVRO E A SUA MENSAGEM
Na primeira etapa do seu ministério, antes que Jerusalém fosse destruída, como é indicado no livro de Ezequiel (Ez), o profeta já havia anunciado que a ruína da cidade se aproximava irremediavelmente (9.8-10). A história do povo de Israel era por inteiro uma série de infidelidades ao Senhor, a quem por várias vezes abandonaram para prestar honras a deuses estranhos. Mas a cidade de Jerusalém era onde se dava a maior concentração de maldades (caps. 8—12), um lugar cheio de crimes que a justiça de Deus não podia deixar impune (22).
Ezequiel queria dar vigor à mensagem que pregava, para fazê-la calar mais fundo no coração dos seus ouvintes, freqüentemente rebeldes e céticos. Como possuía uma voz suave (33.32), os surpreendia, às vezes, com estranhas dramatizações, com atos simbólicos (caps. 4—5) que os convidavam a perguntar-lhe: “Não nos farás saber o que significam estas coisas que estás fazendo?” (24.19).
A queda de Jerusalém veio demonstrar a autenticidade das profecias de Ezequiel (33.21-22). Naqueles momentos, o seu prestígio alcançou provavelmente a mais elevada consideração por parte dos seus compatriotas exilados. De forma especial, a missão do profeta consistiu em fazer as pessoas compreenderem as verdadeiras causas do desastre sofrido, bem como em prepará-las para a obra de reedificação à qual os repatriados haveriam de dedicar-se (36.16-19). E não há dúvidas de que o seu ministério contribuiu, em grande medida, para fazer do exílio na Babilônia precisamente uma das épocas mais fecundas da história do povo de Deus. Ezequiel via no desterro babilônico uma espécie de regresso ao êxodo do Egito, àquele deserto que Israel teve de atravessar antes de entrar em Canaã. E agora, do desterro na Babilônia, haveria de sair, purificado, o novo povo de Deus (20.34-38).
Os temas da pregação de Ezequiel naquele período da sua atividade encerram uma grande riqueza doutrinal, baseada na esperança da salvação que havia de chegar. Ele anuncia que o povo disperso seria reunido novamente e conduzido à Terra Prometida (34.13; 36.24). Como o pastor apascenta as suas ovelhas, assim o apascentará o Senhor e o guiará a lugares de descanso: “Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas e as farei repousar, diz o Senhor Deus” (34.15). Particularmente significativa é a linguagem do profeta quando se refere à transformação que o Senhor há de realizar no povo resgatado do exílio: “Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis” (36.25-27).
A pregação de Ezequiel, enquanto se refere primeiro ao exílio e depois à restauração de Judá e Jerusalém, está contida nas respectivas seções dos caps. 4—24 e 33—39. Entre elas se intercala uma série de profecias dirigidas contra cidades e nações pagãs relacionadas com Israel (caps. 25—32), pois, mesmo que em algum momento Deus tenha se servido dos pagãos como instrumentos da sua ira, a soberba e a crueldade com que se conduziram os fizeram credores do castigo que haveriam de sofrer.
Diz-se que na pessoa de Ezequiel convivem o profeta e o sacerdote, o homem contemplativo e o de ação, o poeta e o raciocinador, o anunciador de males e o arauto da salvação. Tal riqueza de personalidade se revela na sua mensagem profética, igualmente rica e complexa. Na sua condição de profeta, Ezequiel estava persuadido de haver sido chamado a estar como atalaia sobre Israel em um dos períodos mais críticos da sua história nacional: “veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel” (3.16-21; 33.1-9). Ao mesmo tempo, na sua condição de sacerdote, anela pelo retorno da glória do Senhor ao templo de Jerusalém (43.1-5; cf. 10.18-22) e revela um grande horror por tudo quanto significa impureza ritual (4.14) e uma extrema minúcia na distinção entre o sagrado e o profano (43.6—46.24).
Os caps. finais (40—48) contêm uma visão do profeta em referência à situação do povo de Israel, quando, no futuro, se reorganizasse como nação e voltasse a celebrar o culto no templo restaurado (40; 43.7,18).
ESBOçO:
1. Vocação de Ezequiel (1.1—3.27)
2. Profecias sobre a queda de Jerusalém (4.1—24.27)
3. Profecias contra as nações pagãs (25.1—32.32)
4. A restauração de Israel (33.1—39.29)
5. O novo templo na Jerusalém futura (40.1—48.35)

 Fonte de Pesquisa: 
Bíblia Ilúmina

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A Ovelha


As Escrituras se referem a este animal doméstico mais de setecentas vezes. A ovelha representava a principal riqueza e o absoluto meio de vida dos pastores de rebanhos, provendo-lhes alimento para comer, leite para beber, lã para a confecção de tecido, pele e ossos para outras finalidades. Era usada como moeda no comércio e como oferta de sacrifício.
As ovelhas são sempre mencionadas nas Escrituras num sentido figurado. A ovelha é de natureza dócil e submissa (Isaías 53:7; Jeremias 11:19), indefesa (Miquéias 5:8; Mateus 10:16) e tem necessidade constante de ser guiada e cuidada (Números 27:17; Mateus 9:36). A Bíblia sempre faz referência à ovelha no Novo Testamento e a Jesus como pastor (Marcos 6:34; João 10:1-30; Romanos 8:35-37; Hebreus 13:20-21; I Pedro 2:25). O Cristo ressurreto disse ao apóstolo Pedro para "alimentar meus cordeiros" e "apascentar minhas ovelhas" (João 21:15-17).
As ovelhas são, quase sempre, criadas em rebanhos. O manejo é bastante trabalhoso, seja pelo fato de se tratar de um rebanho grande, ou por serem animais sensíveis.
Basicamente, a ovelha é um animal dócil, e sem nenhum mecanismo natural de defesa; o que deve ter influenciado para, na cultura popular, estar associada à ideia de inocência.
A ovelha precisa ser pastoreada, pois como já foi dito acima, é um animalzinho indefeso, que se dispersa do rebanho facilmente. Sendo assim, vira presa fácil para os lobos que estão ao seu redor.  O pastor precisa estar sempre em alerta e observando sua ovelha para espantar os lobos e para que nenhuma se disperse. 
O lobo é um mamífero semelhante ao cão que anda em bandos de mais de trinta animais.
Lobos têm audição e visão apuradas, mas dependem principalmente do faro e geralmente capturam suas presas numa ação rápida. O lobo tem reputação de atrevido, feroz e voraz (Gênesis 9:27; Habacuque 1:8). Geralmente mata mais do que pode comer ou carregar e por isso é conhecido por sua avidez.
A Bíblia se refere a lobos literalmente somente em três passagens (Isaías 11:6; 65:25; João 10:12), sendo todas as outras em sentido figurado. Geralmente o lobo é símbolo de inimigos ou de perverso (Ezequiel 22:27; Sofonias 3:3; Atos 20:29). Tanto a coragem como a crueldade do lobo estavam na mente do patriarca Jacó quando previu o destino da tribo de Benjamim (Gênesis 49:27).
Em uma parábola, Jesus mencionou 100 ovelhas, porém quando o pastor contou suas ovelhas, percebeu que havia apenas 99, e por isso saiu a procurar a outra que havia sumido.
O pastor que cuida de suas ovelhas precisa ter muito amor por elas.  Continuando a parábola, o pastor quando encontrou uma de suas ovelhas, a que havia se perdido, ficou maravilhado, “e, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.( Lucas 15:6)
Em mais um dos textos da Bíblia relata uma história comovente, em que um jovem pastor, chamado Davi pastoreava as ovelhas de seu pai, porém veio um leão e um urso que tentaram tomar uma ovelha de seu rebanho, entretanto, o jovem Davi era agiu e valente, lutou com o urso e o leão e livrou a sua ovelhinha da morte. (1 Samuel 17:24-25)
Quando a Bíblia se refere à ovelha, no modo figurado, refere-se aos servos de Deus. A Palavra de Deus nos mostra quão perigoso é o mundo para nós, pois, ainda que pensemos que somos fortes e corajosos e podemos viver a nossa vida sozinhos, satanás, sendo o lobo, tem sempre suas artimanhas e sempre chega sorrateiramente conseguindo, muitas vezes, enganar as “ovelhas”. E por isso precisamos ser pastoreados, para sermos protegidos e guardados do perigo que nos rodea. Muitas “ovelhinhas” do Senhor andam errantes por que não são bem cuidadas, estão em apriscos enganosos, pois muitos estão apenas de olho em suas gorduras e lãs. Mas Jesus Cristo disse: Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor. (João 10:16)
O adversário procura pertinaz enfraquecer e derrotar o rebanho de Deus e os tragar para o abismo, juntamente com ele e os seus anjos (Mateus 25:41), porque ele sabe que os seus dias na terra estão terminando. ( Apocalipse 12:12)
Jesus Cristo é o nosso Bom Pastor (João 10; Salmos 23), e muito em breve todas as ovelhas dispersas serão ajuntadas e a sua oração feita ao Pai há mais de 2000 anos será atendida.
“E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.
Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.
Mas agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos.
Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.
Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
Não são do mundo, como eu do mundo não sou.
Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.
Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.
E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim;
Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.
Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.
Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo.
Pai justo, o mundo não te conheceu; mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste a mim.
E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja”.  Amém!
João 17:11-26

Texto Escrito Pela administradora do blog: Tamyres V.


Fontes de Pesquisa:

·         Bíblia Sagrada / Bíblia Ilúmina                              

sábado, 21 de janeiro de 2012

"Desperta, Igreja!!" David Wilkerson, Keith Daniel, Carter Conlon, Jim Cymbala, Leonard Ravenhilll





"Aquele que tem ouvidos, OUÇA o que o Espírito diz às igrejas..."
"Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos"
2 Tm 4:3

David Wilkerson - Um Chamado Para a Angústia





“Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si sua cruz, e siga-Me.” (Jesus Cristo)

“Portanto, o chamado da cruz é para que participemos da paixão de Cristo. Precisamos trazer em nós as marcas dos cravos." (Gordon Watt) 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Introdução do Livro do Profeta Jeremias

O PROFETA E O SEU MEIO
Em meados do séc. VII a.C., provavelmente entre os anos 650 e 645, nasceu no seio de uma família sacerdotal de Anatote, pequeno lugar próximo a Jerusalém, o menino que, mais tarde, seria conhecido como o profeta Jeremias (1.1). Sendo este ainda muito jovem (1.6), o Senhor o chamou para o seu serviço; corria o ano 626, o décimo terceiro do reinado de Josias (1.2), pouco mais de um século depois da época em que viveu e exerceu o seu ministério o profeta Isaías (ver Is 1.1, n.).
Naquele tempo, o domínio da Assíria estava chegando ao seu fim. O Império Neobabilônico acabara de se impor aos restos da grandeza da Assíria, a nação que, especialmente entre os séculos X e VII a.C., conseguiu ampliar os seus limites invadindo enormes espaços da Mesopotâmia, Síria e Ásia Menor. A decadência da Assíria foi muito rápida. O mesmo séc. VII, testemunha das maiores glórias daquele grande império, o foi também da perda da sua hegemonia e do final da sua história como Estado independente. No seu lugar, entre 610 e 605 a.C., se levantou a Babilônia, poderosa e renovada.
O desaparecimento do invasor assírio representou um curto período de liberdade para os povos que por eles foram dominados, os quais foram caindo depois, paulatinamente, debaixo do domínio dos babilônicos. Mas entre um e outro momento, aproveitando algumas circunstâncias favoráveis, o rei Josias, de Judá, começou a desenvolver uma política de nação independente e a promover a reforma religiosa que deu ao seu reinado um destaque especial (2Rs 22.1—23.27; 2Cr 34.1—35.19). Foi um brilhante processo de restauração que foi interrompido no ano de 609 a.C., quando Josias, aos 39 anos de idade, caiu ferido mortalmente em Megido, na batalha contra o exército do Faraó-Neco (2Rs 23.28-30; 2Cr 35.20-27). Os monarcas sucessores de Josias, ineptos e com conselheiros imprudentes, não souberam evitar a desintegração política e moral do reino de Judá, cuja degradação culminou com a destruição de Jerusalém (586 a.C.) e a deportação em massa dos seus habitantes para a Babilônia.
Jeremias iniciou o seu ministério no tempo de Josias e continuou desenvolvendo a sua atividade profética durante o tempo dos últimos reis de Judá: Jeoacaz (também chamado Salum), Jeoaquim (ou Eliaquim), Joaquim (ou Jeconias) e Zedequias (ou Matanias). Os tempos eram difíceis para o povo, cujos dirigentes mantinham posições políticas conflitantes: uns eram partidários de se submeterem com serenidade ao governo da Babilônia como mal menor; outros defendiam a posição de uma aliança com o Egito contra ela. Jeremias, que se viu obrigado a tomar posição no conflito, tratou de convencer Zedequias de que uma aliança com os egípcios acabaria em desastre (27.6-8). Mas os esforços do profeta, além de causar-lhe não poucos sofrimentos (38.1-13), foram totalmente inúteis, pois o rei, inclinando-se a favor do conselho oposto, decidiu solicitar o apoio do Faraó-Neco. O resultado foi catastrófico para Judá, porque as forças egípcias se encontravam em ampla inferioridade diante das babilônicas, como já se havia visto em 605 a.C., na batalha de Carquemis, junto ao Eufrates, “no ano quarto de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá”. Esse triunfo de Nabucodonosor significou a consolidação da supremacia da Babilônia (cf. 46.2) e o seu domínio sobre os países invadidos.
O LIVRO E A SUA MENSAGEM
O livro de Jeremias (Jr) é uma das coleções mais extensas de escritos proféticos. Pode ser dividido em três seções: a primeira compreende do cap. 2 ao 25; a segunda, do 26 ao 45; e a terceira, do 46 ao 51. O livro é iniciado com o chamamento do profeta (cap. 1) e encerrado com um resumo da narrativa da queda de Jerusalém (cap. 52).
A primeira seção, poética na sua maior parte, corresponde aos dois primeiros decênios do ministério de Jeremias, que dirige a sua pregação especialmente a Judá e à cidade de Jerusalém, a fim de que os seus habitantes tomem consciência dos seus próprios pecados. Propõe ao povo o exemplo da maldade de Israel (caps. 2.1—4.2), exorta-o a mudar de conduta (4.3-4) e insiste em denunciar a mentira, a violência, a injustiça e a obstinação de coração do povo de Judá, males cuja raiz se encontra na infidelidade ao Senhor, no tê-lo abandonado para ir atrás de deuses estranhos (2.13,19,27; 3.1; 7.24; 9.3; 11.9-13; 13.10; 16.11-12). A infidelidade à aliança de Deus haveria de implicar, como inevitável conseqüência, o juízo condenatório contra Judá; e assim, o profeta anuncia sem rodeios a iminência do desastre, e até se atreve a predizer abertamente a destruição do templo de Jerusalém (7.14).
Sobretudo depois da morte de Josias, as acusações e advertências de Jeremias eram dia a dia mal recebidas. Os seus concidadãos as rechaçavam com crescente obstinação, e, com isso, repeliam também a presença do profeta (Cf. 11.18-19). O porquê daquela teimosia o afetava dolorosamente, de tal forma que acabou chegando a conclusões cheias de pessimismo: “este povo é de coração rebelde e contumaz” (5.23); “a cegonha no céu conhece as suas estações; a rola, a andorinha e o grou observam o tempo da sua arribação; mas o meu povo não conhece o juízo do Senhor” (8.7); “pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal” (13.23); “o pecado de Judá está escrito com um ponteiro de ferro e com diamante pontiagudo” (17.1).
A expressão mais comovente dessas dolorosas experiências se encontra nas chamadas “Confissões de Jeremias”, contidas nesta seção: 11.18—12.6; 15.10-21; 17.14-18; 18.18-23; 20.7-18. A leitura destas passagens, semelhantes de alguma maneira aos salmos de lamentação (p. ex.: 22; 32; 39; 143), permite descobrir a sinceridade e a profundidade do diálogo que o profeta, nos seus momentos de crise, manteve com o Senhor. Jeremias demonstra a sua decepção e amargura pelos graves sofrimentos derivados do cumprimento da sua missão profética; mas as respostas que recebe do Senhor são desconcertantes: algumas vezes consistem em perguntas, e outras, em fazê-lo entender que as provações não terminaram, e que serão ainda mais difíceis as que virão. Desse modo, o Senhor, gradualmente, revela a Jeremias que sofrer por fidelidade à palavra de Deus é um elemento inseparável do ministério profético.
Na segunda seção predomina o gênero narrativo; portanto, está quase totalmente escrita em prosa. O autor centra a sua atenção no relato de certos incidentes da sua própria vida, entre os quais introduz alguns resumos das suas mensagens proféticas. Estes caps. (26—45) descrevem os dramáticos ataques que Jeremias sofreu, bem como a forma como os suportou sem se desviar da sua missão. Esta seção também contém dados que permitem reconstruir o processo de redação do texto de Jeremias (36.1-4,27-32); além disso, nela se faz referência a Baruque, filho de Nerias, companheiro do profeta, a quem, conforme Jeremias ditou, escreveu “no rolo... todas as palavras que a este o Senhor havia revelado” (36.4).
Mas Jeremias não foi enviado somente para arrancar, derribar, destruir e arruinar, mas também para edificar e plantar (1.10). Por essa razão, a série de relatos de caráter histórico se interrompe nos caps. 30 a 33, para dar lugar a diversas promessas de esperança e salvação. São discursos consoladores colocados junto aos relatos da queda de Jerusalém e da descrição dos sofrimentos de Jeremias, que apontam para a necessidade de que o povo, mesmo em meio às mais infelizes circunstâncias, mantenha firme a sua confiança no Senhor e na sua misericórdia.
Entre tais promessas de salvação, destaca com luz própria o anúncio de que Deus vai restabelecer com Israel o relacionamento que o povo havia perdido por causa das suas infidelidades. Aquela antiga aliança será substituída por outra, por uma nova aliança, não gravada em tábuas de pedra: “Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (31.33). O anúncio dessa nova aliança encontra um eco preciso nas palavras que Jesus pronunciou na noite da “última ceia” (Mt 26.27-29; Mc 14.23-25; Lc 22.20) e também na epístola aos Hebreus (8.7-13).
A terceira parte do livro de Jeremias (46—51) é formada por um conjunto de mensagens contra as nações pagãs palestinas, mencionadas essencialmente na mesma ordem em que aparecem em 25.15-38, do Egito à Babilônia. Mas também anúncios de salvação são incluídos para algumas dessas nações (cf. 46.26; 48.47; 49.6,39). Certo é que a atividade do profeta tinha Judá e Jerusalém como primeiro marco do seu compromisso, mas, na sua pregação, não podia esquecer a realidade dos povos vizinhos, bem como o importante significado da sua presença no transcurso da história de Israel (27.1-13). Além disso, as mensagens que Jeremias lhes dirige são testemunho da profunda convicção que o anima e com que declara que o Senhor não é Deus só de Israel, mas também de toda a criação; não é Senhor somente de uma história particular, como a do povo eleito, mas também rege a história de todas as nações e de tudo o que é e existe.
O cap. 52, o último do livro, é uma espécie de apêndice histórico que reproduz, com algumas variantes a narrativa de 2Rs 24.18—25.30 sobre a queda de Jerusalém. Essa narração, assim introduzida, demonstra a autenticidade do ministério de Jeremias, confirmado pelo Senhor mediante os fatos que deram pleno cumprimento à palavra do profeta (cf. Dt 18.21-22).
ESBOçO:
Vocação de Jeremias (1.1-19)
1. Mensagens contra Judá e Jerusalém (2.1—25.38)
2. Relatos autobiográficos e anúncios de salvação (26.1—45.5)
3. Mensagens contra as nações pagãs (46.1—51.64)
Apêndice: a queda de Jerusalém (52.1-34)





Fonte: Bíblia Ilúmina

sábado, 7 de janeiro de 2012

O Verdadeiro Cidadão dos Céus



[Salmo de Davi]
SENHOR, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?
Aquele que anda sinceramente, e pratica a justiça, e fala a verdade no seu coração.
Aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhum opróbrio contra o seu próximo;
A cujos olhos o réprobo é desprezado; mas honra os que temem ao SENHOR; aquele que jura com dano seu, e contudo não muda.
Aquele que não dá o seu dinheiro com usura, nem recebe peitas contra o inocente. Quem faz isto nunca será abalado. 
O que anda em justiça, e o que fala com retidão; o que rejeita o ganho da opressão, o que sacode das suas mãos todo o presente; o que tapa os seus ouvidos para não ouvir falar de derramamento de sangue e fecha os seus olhos para não ver o mal.
Este habitará nas alturas; as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio, o seu pão lhe será dado, as suas águas serão certas.
Os teus olhos verão o rei na sua formosura, e verão a terra que está longe. 
Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.
Porque ele a fundou sobre os mares, e a firmou sobre os rios.
Quem subirá ao monte do SENHOR, ou quem estará no seu lugar santo?
Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.
Este receberá a bênção do SENHOR e a justiça do Deus da sua salvação.
Esta é a geração daqueles que buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacó. (Selá.)
Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.
Quem é este Rei da Glória? O SENHOR forte e poderoso, o SENHOR poderoso na guerra.
Levantai, ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.
Quem é este Rei da Glória? O SENHOR dos Exércitos, ele é o Rei da Glória. (Selá.)

Salmos 15:1-5  - Isaías  33:15-17 - Salmos 24:1-10
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